Antes de irmos ao ponto, convém perguntar: por que comemorar 100 dias de governo? Por que temos essa obsessão com números redondos? No que essa marca de 100 dias difere dos dias 99 ou 101? Ou 132, ou 87? Bem, você entendeu.
Mas aqui estou, em pleno dia 102 do governo fazendo charge sobre o dia 100 e falando sobre os 100 tiros que o Haddad levou (ou foram 132? Ou 159?), tornando-o um dos maiores escudos humanos de que este governo dispõe em sua defesa.
E as balas voaram de todos os lados. Era fogo amigo e fogo inimigo. Isso me fez lembrar daquela máxima do Millôr, que dizia que a plataforma do governo é deixar como está para ver como fica – enquanto que a plataforma da oposição é a mesma, mas contra.
A diferença aqui é que, segundo as más línguas lá de Brasília, a artilharia “amiga” foi bem mais pesada do que a inimiga.
Se continuar assim, imagina como vão ser as comemorações dos dias 200, 300…